No giro de notícia da semana, investimentos e oportunidades em publicidade digital no Peru e no Chile; Global Data Bank nasce com operação no Brasil e proposta de funcionar como um banco onde empresas podem coletar e combinar dados em tempo real e de forma programática.

Devido ao rápido crescimento em digital e mobile, a América Latina é atualmente um mercado estratégico para as ad techs, que fizeram investimentos consideráveis para se instalarem na região nos últimos anos. O Brasil desponta nesse cenário de oportunidades como o maior mercado consumidor, no entanto, pesquisas recentes trazem dados sobre essa evolução em outros países vizinhos:

Os investimentos em publicidade digital no Peru devem crescer 25% esse ano e alcançar US$81,8 milhões, aponta o eMarketer. Em comparação, os gastos totais em publicidade na América Latina devem atingir US$6,8 bilhões em 2015, sendo que o Brasil responsável por metade dos investimentos. Por mais que os números do Peru pareçam modestos, a empresa de pesquisa projeta que até 2019 os gastos com publicidade digital no país devem saltar para US$153 milhões.

Com a maior taxa de penetração da internet na população (70,5%) na região – enquanto a média da região é de 53,5% – o Chile é hoje um mercado potencial. Apesar disso, o eMarketer considera que o mercado de publicidade digital no país não tem acompanhado a evolução dos consumidores em direção à internet. De acordo com a empresa, os investimentos em web ad no Chile ainda são pequenos e devem aumentar 15% em 2015, atingindo US$164.5 milhões. Esses gastos em digital respondem por 13,5% dos orçamentos de mídia no país, enquanto a média LATAM é de 16,3%.

Global Data Bank é lançado no Brasil

O Global Data Bank (GDB) é uma empresa americana que inicia suas operações com o lançamento no Brasil. A proposta é funcionar como um banco global de dados que oferece segurança na coleta, organização e ativação de dados e a promessa de otimizar resultados em campanhas e reduzir drasticamente os custos, tudo de forma programática.

Criado pelo norte-americano Jonh deTar e o brasileiro Guilherme Soter, em conjunto com a SIGNAL, especializada em tecnologia de cross channel para marketing, o GBD não cobra para fazer parte de sua plataforma e sua remuneração vem de um porcentual das transações realizadas – que segundo a empresa chega a ser de um terço a um quinto do preço do que anunciantes pagam por Third Party Data.

“Cada profissional de marketer, agência, DSP cria sua própria conta bancária no banco. Essa conta segura permite-lhes para trazer dados de vários locais, incluindo online como offline. A partir daí, os comerciantes podem construir seus próprios segmentos e clusters e ativá-los em tempo real de forma programática em qualquer DSP no Brasil, incluindo Yahoo (YAM+), AOL, Melt, MediaMath , RocketFuel , e Google" , explica John deTar.

No último mês, o GBD coletou mais de 11 bilhões de impressões de seus parceiros beta no Brasil e possui acesso a dados off-line de mais de 180 milhões de brasileiros. A operação local será liderada por Marcelo Pincherle, anteriormente da Serasa Experian.