A ad network com sede em Israel Maple abriu a primeira filial na América Latina — o escritório com dez funcionários foi uma decisão com base no volume de negócios do Brasil frente aos mercados da região, ainda que o início da operação no Peru, México, Argentina e Chile já esteja sendo negociado.

Nos primeiros seis meses, a receita da Maple alcançou US$ 2 milhões no mercado local e a meta é triplicar esse valor até o fim do ano que vem, com o início da atuação nos outros países latino-americanos. “A ideia é oferecer uma operação de serviços. Uma one-stop-shop em que, baseando-se nos objetivos de campanhas de nossos clientes, desenvolvemos o plano de mídia, fazemos a compra, auxiliamos na criação e na aprovação dos materiais, bem como para subir a campanha”, explica o CEO da Maple Brasil, Eduardo Paschoa. Segundo ele, atuar de maneira ampla permite que a Maple atenda grandes agências digitais, mas também pequenos clientes.

O desenvolvimento, contudo, ainda encontra-se em Tel Aviv. A equipe na sede israelense cuida de algoritmos de retargeting para segmentação em plataformas como Facebook, YouTube, Google, Twitter, e-mail marketing, além de serviços de geração de leads. Toda a tecnologia é proprietária e responde em tempo real, com integração com sistemas de CRM.

Recentemente, a divulgação de uma pesquisa sobre os efeitos contrários do retargerting — desencorajando a audiência ao invés de impulsionar a campanha — trouxe atenção às empresas do setor. Em resposta, Paschoa é taxativo sobre a eficiência da modalidade com base em panejamento e definição das ações. “Se o retargeting for feito de modo planejado e com um objetivo claro e alinhado com a campanha, a impressão é de que há uma campanha muito maior. Neste caso, a visibilidade passa a ser o diferencial”, argumenta.