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Turn: uma visão realista para programático

Apesar de planos otimistas de expansão para 2015, Fernando Tassinari, managing director da Turn para América Latina, define a si mesmo como realista sobre o mercado de programático. No ano passado, grande parte da alta dos negócios da empresa ocorreu por conta de clientes que já tinham experiência com tecnologia, com proporcionalmente pouca experimentação.

“2014 foi o ano da experimentação, 2015 será o da consolidação” - essa foi a frase na boca de muito especialista em ad tech ultimamente. Para o managing director da Turn para América Latina, Fernando Tassinari, não foram bem assim. No Brasil há quase dois anos — a empresa com sede no Vale do Silício chegou a São Paulo em maio de 2013 —, grande parte dos clientes já replicaram boas práticas e aprender com as campanhas em 2014.

“Em 2014, 70% de nosso crescimento se deu com clientes já experientes, e nosso foco continuou em grandes empresas e agências”, compartilha. Mas isso não significa que o mercado já aprendeu: em média, ele diz que um terço dos novos entranhes conseguem entender o benefício da automatização.

Além disso, o mercado brasileiro ainda tem uma forte busca por clique e resultado com base nessas taxas. Há, entre os anunciantes, dúvidas sobre quais são as métricas mais adequadas para considerar campanhas de mídia programática. “Fazemos um trabalho desde quando a Turn chegou no Brasil de mostrar para anunciantes e agências quais são as métricas corretas de ‘viewability’. É nosso papel mostrar às agências que daqui alguns anos os anunciantes vão prestar muito mais atenção a isso”, completa.

Talentos

Tassinari reconhece que, nesse contexto de crescimento e com a necessidade de educação do mercado, formar profissionais é essencial. Na Turn, o objetivo é dobrar o quadro de funcionários das atuais 10 para 20 pessoas neste ano, já que é esperada alta de faturamento bem mais acelerada que as operações mundiais (65% para o Brasil x 35% global). “Tenho uma visão muito realista do mercado. Estamos crescendo acima da média do setor, da empresa… mas pé no chão”, diz.

Para isso, a retenção das equipes é importante, ainda mais depois de altos investimentos — os funcionários passam por uma imersão nos negócios da Turn, inclusive com treinamentos na sede nos Estados Unidos. Com RH forte, que faz captação de novos funcionários via LinkedIn, outro fator importante para selecionar bons candidatos.

“Ouço no mercado que a falta de talentos implica muitas vezes no desempenho, na performance. Sinceramente, não acontece com a gente. Também contamos com nossos funcionários para isso — temos uma visão muito precisa do que é o perfil da Turn e nossos próprios funcionários sabem como é, trazem boas indicações e nos ajudam a selecionar profissionais adequados”, finaliza.