Estejam cientes sobre o receio em torno do "big data"
by News
on 29/01/2015 in“Big data” talvez seja uma das principais expressões no mercado de ad tech, mas o uso cada vez mais intenso no mundo dos negócios traz um sentimento de mal-estar público crescente, com um número cada vez maior praticando o controle de dados pessoais de maneira rigorosa.
Essa é uma das opiniões publicadas ontem (28 de janeiro) em pesquisa realizada pela empresa de advogados de privacidade TRUSTe, coincidindo com o dia da privacidade de dados, criado para educar o público em geral sobre lidar com dados pessoais de maneira mais cuidadosa.
A pesquisa revelou que 92% dos usuários de internet estão preocupados com a privacidade quando usam a rede e que tais receios decolaram nos últimos meses, com um em cada três (33%) indivíduos mais preocupados em relação ao ano passado.
A TRUSTe também descobriu que à medida em que a confiança online diminui, o impacto nos negócios é significativo – 80% dos consultados revelaram moderar sua atividade online nos últimos 12 meses por questões de privacidade.
Talvez o mais alarmante para companhias que operam no espectro do big data é a principal causa de receio entre os pesquisados: a possibilidade de empresas coletarem dados dos usuários de internet e então compartilharem as informações com outras organizações. Do total, 48% dizem que isso é uma preocupação à frente de ameaças de segurança online (35%) e vigilância do governo (21%).
Embora a pesquisa TRUSTe 2015 GB consumer confidence privacy index tenha sido realizada no Reino Unido, traz o alerta para todos na esfera dos dados online. Também trouxe à tona que 42% das pessoas dizem que companhias precisam ser mais transparentes sobre como elas coletam e usam os dados, com 35% dizendo que a aprovação de leis de proteção para informação pessoal online aliviaria um pouco a dor de cabeça.
Foram consultadas mil usuários de internet britânicos entre 28 de novembro e janeiro deste ano, com mais detalhes sobre como os consumidores começam a modificar suas atitudes online por conta das preocupações de coletas de dados.
Nos últimos 12 meses, 80% das pessoas limitaram suas atividades, sendo elas:
- 58% não clicaram em anúncios online
- 53% não forneceram informações pessoais quando perguntados
- 37% não baixaram um app ou produto
- 26% interromperam uma transação online antes de completá-la
- 8% deletaram uma conta online
Enquanto 87% tomaram atitudes a fim de proteger sua privacidade nos últimos 12 meses, mais da metade (57%) reconhece que ainda não dedica tempo suficiente para isso. No último ano:
- 58% dizem que apagaram cookies
- 48% dizem ter mudado configurações de privacidade em navegadores ou mídia social
- 30% desativaram dados de localização
- 13% fizeram opt-out de anúncios behavioral
Comentando os números, o CEO da TRUSTe, Chris Babel, disse: “Com o número recorde de brechas de dados em 2014, não é surpresa que privacidade e segurança das informações online ganhem essa dimensão na Grã-Bretanha com preocupações crescentes. Mas com cada vez mais ameaças terroristas tomando conta nas notícias, é uma surpresa que muitas pessoas considerem sua privacidade pessoal mais importante que combater essas ameaças”.
“Governos caminham em uma linha tênue entre o equilíbrio de segurança nacional e direitos à privacidade; para empresas o risco é bem alto também. Em um mundo cada vez mais conectado, a falta de confiança pode limitar o crescimento e segurar a inovação, conforme companhias são privadas dos dados que precisam para impulsionar vendas”, conclui.
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