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ExchangeWire Research: dados de mercado da semana

A coluna da divisão de pesquisa do ExchangeWire traz nesta semana o estudo no IAB UK, que revela 23% dos investimentos digitais feitos em mobile no Reino Unido; o relatório SMART da Millennial Media; a pesquisa Digital Landscape da Nielsen; e a pesquisa acadêmica que revelou o impacto do programático para os veículos de diferentes portes.

IAB revela prioridade mobile e social no Reino Unido

O IAB britânico publicou nesta semana seu estudo anual de investimentos de mídia, que revelou que contas mobile representam quase um quarto (23%) do total dos gastos digitais. Além disso, pagamentos para social media atingem até 56%.

Screen-shot-2015-04-09-at-5.17.27-AM1-300x243A pesquisa, conduzida pela PwC, examinou orçamentos de anunciantes na segunda metade do ano passado e descobriu que o mobile ajudou a projetar o investimento em social media, que registrou alta de 65% na comparação ano-a-ano no Reino Unido. No total, o país investe 7,2 bilhões de libras em digital, elevação de quase 1 bilhão de libras em relação ao ano anterior.

O mercado de buscas ainda é o formato mais pago, com elevação de 8,7% atingindo 3,77 bilhões de libras durante o período. Display ficou com 26,4% e 2,27 bilhões de libras.

O chief strategy officer do IAB UK, Tim Elkington, comenta: “O recorde de participação dos anúncios display mostram que anunciantes veem online como um meio viável para ‘brand awareness’ — assim como mídias tradicionais — não apenas um meio para gerar respostas diretas imediatas. A internet têm sido classificada como esse último exemplo devido a problemas de métricas, mas isso mostra que os anúncios online chegaram a sua era”.

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“Brand awareness” é quem manda nos objetivos dos anúncios móveis

Screen-shot-2015-04-09-at-5.57.39-AMDe maneira similar, essa semana também vimos as observações da Millennial Media nas tendências de 2014 no relatório SMART. O trabalho revelou que anunciantes começam a ver anúncios móveis como uma oportunidade para construir brand awareness, não apenas levar tráfego para seus websites.

As figuras mostram que o ano pasado foi a primeira vez em que ‘construir presença de marca e engajamento’ figurou no topo das prioridades entre anunciantes que fizeram campanhas na sua rede, com 37% delas agendada para alcançar essa meta, segundo o estudo.

Isso representa uma alta anual de 22%, em relação quando elevar tráfego móvel ou ao site era o topo. De acordo com o trabalho, isso foi puxado como um todo pela vontade dos anunciantes de capitalizar em cima do crescente número de consumidores que se engajam com formatos rich media — como vídeos — em seus aparelhos móveis (tanto smartphones quanto tablets).

Consumidores que assistem vídeos móveis

A alta na audiência de vídeo em aparelhos móveis vêm de usuários de todas as idades, mas o maior crescimento nesse grupo ocorreu entre pessoas de 35 a 64 anos, elevando a média em 5 pontos percentuais em relação ao ano anterior, de acordo com o estudo da Millennial Media. Como resultado, 59% dos anúncios em smartphones no ano passado tiveram vídeo.

Nielsen identifica competição pelo olhar em cross-screen

A Nielsen Global Digital Landscape Survey foi revelada no início do mês e mostrou como em um mundo multi tela os usuários consomem mídia com seus próprios padrões, com quase dois terços (64%) dos participantes alegando assistir programação em outros horários.Screen-shot-2015-04-09-at-6.17.43-AM

A pesquisa consultou mais de 30 mil consumidores online em 60 países diferentes, descobrindo também que 76% dizem gostar da liberdade de estarem conectados a qualquer horário, em qualquer lugar.

Contudo, enquanto essa flexibilidade pode ser beneficial para nós, representa também um grande desafio para marcas e provedores de conteúdo, que agora precisam chamar atenção de uma audiência segmentada.

Estudo acadêmico mostra opiniões divergentes sobre impacto do programático

Bill Ammerman, vice-presidente da Tribune Media, discutiu insights de sua pesquisa de mestrado com a AdExchanger, a qual revelou que 46% dos publishers se dizem “confusos” ou “não sabem” sobre o impacto no bottom line da adoção de compra programática.

As descobertas mostram, no geral, que veículos são positivos sobre programático como um todo, com quase 44% alegando que isso teve um impacto muito positivo ou de alguma maneira positivo na receita, comparado com apenas 10% que responderam negativamente.

“Veículos pequenos foram os mais propensos a responder ‘não sabemos’ seguidos de ‘confusos’ sobre suas impressões, formando o grupo mais ambivalente. Eles ainda se dividem entre positivos (22%) versus ‘negativos de alguma maneira’ (13%)”, diz o estudo.

Já os veículos médios foram os mais positivos, com 75% respondendo algum grau de benefício e apenas 6% com respostas negativas. Os grandes escolheram a resposta sobre impacto positivo (71%), e nenhum disse ter impacto negativo.

Texto originalmente publicado no ExchangeWire UK