Quanto custaria a internet sem a publicidade; tribunal da Alemanha dá sinal verde para bloquear anúncios
by News
on 24/04/2015 inEssas são duas das histórias no giro de notícias dessa semana, que também traz os balanços de dois dos principais anunciantes do mercado: Google e Facebook.
Quanto custaria uma web sem anúncios?
Um estudo realizado pela Teads estima que o custo de uma internet sem anúncios seria de 140 libras por ano por usuário (o equivalente a 640 reais). No Reino Unido, onde a pesquisa foi feita, o valor representa uma quantia que 98% dos consumidores não estariam dispostos a desembolsar.
“A indústria de anúncios têm um papel importante para manter o conteúdo da web gratuito, mas precisa melhorar em engajamento, sem interrupção, para não enfurecer os consumidores”, comentou o diretor geral da Teads no país, Justin Taylor. Para ele, isso significa introduzir novos formatos que os internautas consideram menos invasivos, desenvolver peças mais criativas e que deem ao usuário um grau de controle.
Cifras subindo: receita do Google e do Facebook
Dois dos grandes nomes da publicidade online divulgaram seus resultados trimestrais. O Google marcou receita de US$ 17,3 bilhões, alta de 12% ano a ano, enquanto o Facebook contabilizou US$ 3,54 bilhões, alta de 42% na mesma base comparativa.
O destaque para a empresa de Mark Zuckerberg ficou com mobile, agora representando quase 75% da receita total, e causando uma leve baixa de 7% no último CPC na comparação ano a ano. A receita mobile somou US$ 3,32 bilhões, ou 46% de elevação em relação ao mesmo período do ano passado.
O número de usuários móveis ativos diariamente do Facebook já chega a 798 milhões (média de março). O número é 31% a mais que o mesmo mês de 2014. Então, não é surpresa que a mobilidade esteja ganhando espaço na empresa.
O perigo, contudo, está nos detalhes. Grande parte dessa receita móvel vem do cost-per-install de unidades de anúncio, que é onde os anunciantes pagam ao Facebook cada vez que usuários fazem download de um app que é apresentado dentro da rede social, segundo fontes próximas ao assunto disseram ao ExchangeWire UK.
Já o ponto principal do Google ficou com os problemas a área móvel, que ainda afetam negativamente devido aos preços por unidade que anunciantes estão dispostos a pagar em relação ao desktop. A empresa confia em busca e display para subir a receita — unidades de anúncio que não têm performance assim tão boa em mobile.
Tribunal em Hamburgo decide a favor dos adblockers
Os adblockers, extensões de software instalados no navegador que bloqueiam todos os anúncios nas páginas, ganharam um veredicto a seu favor na Alemanha. No início da semana, um tribunal na cidade de Hamburgo deu decisão favorável ao Adblock Plus, depois que veículos de dimensão nacional (Zenit e Handelsblatt) entraram com ações contra a empresa.
A decisão ocorreu após quatro meses de julgamento, no qual os publishers tentavam proibir a atuação do adblocker nos sites dentro parte de seu domínio. O pedido foi negado. Seria o pesadelo da publicidade digital?
A empresa, contudo, chamou a indústria para a mesa da cooperação. “Agora que a legalidade está a nosso favor, nós queremos alcançar outros veículos, anunciantes e criadores de conteúdos e encorajá-los a trabalhar conosco em vez de contra nós. Vamos desenvolver novas formas de anúncios não invasivas que são de fato úteis e bem-vindas aos usuários, vamos descobrir jeitos de fazer anúncios melhores, vamos buscar criar uma internet mais sustentável e melhor para todos”, diz o blog da companhia.
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