Apesar da recessão econômica enfrentada no país, os ventos sopram a favor do comércio eletrônico e quem se beneficia é o setor de publicidade digital. Enquanto projeções sugerem que o ecommerce brasileiro deve dobrar de tamanho nos próximos cinco anos, um diagnóstico realizado pela Americas Market Intelligence ressalta grandes lacunas, como a falta de estratégias voltadas para meios de pagamentos.

O e-commerce vai duplicar sua participação no varejo brasileiro até 202, evoluindo em média 12,4% ao ano. Os números são de um levantamento produzido pela Forrester, encomendado pelo Google, e prevê a retomada do setor já no próximo ano.

De acordo com a pesquisa, o faturamento do varejo eletrônico hoje é de R$ 47,1 bilhões, o que representa 2,8% de participação no varejo. A expectativa é que até 2021 esse valor alcance R$84,70 bilhões e responda por 4,6% do mercado.

E diante de tantas perspectivas, ainda há uma dificuldade muito grande para os varejistas que desejam entrar nesse mercado. Pensando nisso, a Americas Market Intelligence lançou um guia para varejistas e-commerce brasileiros com objetivo de ajudá-los a maximizarem suas receitas de e-commerce. Intitulado “Otimizando os pagamentos de e-commerce no Brasil”, o material chama a atenção para a dificuldade que as empresas do setor encontram para construir estratégias de sucesso no setor, sendo os meios de pagamento um dos grandes entraves.

O mapeamento revela que o Brasil representa 60% de todo o e-commerce da América Latina, sendo que as atividades do setor devem crescer 15% somente este ano, apesar da crise econômica enfrentada no país. Em comparação com o segundo maior player de comércio eletrônico da região, o México, o Brasil movimenta um faturamento três vezes maior.

No entanto, esses dados chamam a atenção para os desafios: a falta de estratégias locais de pagamento permite que apenas 17% do total do mercado de comércio eletrônico seja acessível. Os meios de pagamento sem cartão somam 23% de todas as vendas do setor, sendo que 58% de todas as transações são feitas com compras parceladas.

“Os varejistas enfrentam muitos desafios ao entrar no lucrativo mercado brasileiro de e-commerce”, ressalta Lindsay Lehr, diretora sênior de práticas de pagamento na Americas Market Intelligence.

O relatório aponta que apenas 20% dos cartões de crédito no Brasil estão habilitados para compras internacionais, sendo esse o maior problema para os varejistas que utilizam meios de pagamento fora do país. “Esses players precisam replicar a experiência de compra brasileira o máximo possível para capturar esses consumidores”. Assim, o estudo destaca a importância do desenvolvimento de estratégias de pagamento e parcerias locais, mostrando como encontrar o gateway de pagamento certo, como PagSeguro, EBANX, PayPal, Praspag, Moip, dentre outros.

“Nos certificamos de construir um relatório com estratégias práticas, assim o varejista terá um guia ‘pé no chão’ que precisa para alavancar o mercado rapidamente”, pontuou Lehr.