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O que podemos esperar da publicidade nativa no mobile?

Já faz alguns anos que os usuários passaram a navegar mais no celular do que no desktop. Desde então, houve um grande investimento por trás do ambiente móvel, tanto em tecnologia como em formatos. O anúncio em display mobile, já enraizado no mix de marketing, é considerado um dos métodos de publicidade mais contemporâneos. A publicidade em display tem um modelo orgânico muito saudável, que muitos acham que se tornará maior do que o SEO. No artigo exclusivo publicado originalmente para o site inglês ExchangeWire, Oliver Gold, diretor da YOC no Reino Unido, explica por que a publicidade nativa se tornará a parte “mainstream” da publicidade móvel.

O que é interessante é o crescimento fenomenal que experimentamos no mercado de publicidade nativa nos últimos doze meses. Os números do eMarketer, divulgados no início deste ano, revelam que a publicidade nativa agora representa mais de 50% dos gastos em display digital. Estima-se que o gasto com native em display cresça 36,2% este ano e chegue a US$ 22 bilhões. Isso representará 52,9% de todas as despesas de publicidade display nos EUA. O relatório mostra que de 2014 a 2016 os investimentos em anúncios nativos saltaram incríveis 600%. A analista principal da eMarketer, Lauren Fisher, pontuou que esse crescimento extraordinário está sendo impulsionado pela busca dos publishers por um inventário mais valorizado e mais amigável para dispositivos móveis, bem como para atender às exigências dos anunciantes por anúncios menos intrusivos.

Eu acredito que o mobile, em vez do desktop, será o principal motor para o crescimento contínuo da publicidade nativa. Isso está impulsionando a criação de conteúdo relevante para o público nesta plataforma e adicionando valor. Por isso, está se tornando parte do “mainstream” da publicidade, assim como as mídias sociais fizeram cerca de cinco anos atrás.

Por que o native é tão bem recebido por anunciantes e consumidores?

A recente campanha da YOC para Natwest no Reino Uniudo é um exemplo típico de como um anúncio nativo funciona. Rodado como um anúncio understitial, deu certo porque se encaixava com uma grande história que resgatava a visita da família real ingresa ao Canadá no ano passado. Foi discreto e perfeitamente inserido em uma publicação sobre os jovens da realeza, destacando as necessidades financeiras de cada família ao longo das gerações. As pessoas ficaram confortáveis ​​com o anúncio e gostaram porque se encaixou na história.

Nos próximos 12 meses, começaremos a ver os veículos monetizarem ainda mais através da publicidade nativa, sendo que as soluções de vídeo programático serão uma parte fundamental disso. O vídeo programático representa uma grande oportunidade para os publishers e gradualmente vem ganhando terreno na publicidade gráfica.

É provável que haja uma maior mudança ainda maior em direção às redes sociais, com o vídeo tornando-se fundamental para as empresas que desejam alcançar suas audiências. Com o grande volume de informações sobre esses canais, os anúncios nativos serão ainda mais importantes como forma de atingir essas audiências, senão eles simplesmente não serão vistos.

Então, quais são os próximos grandes passos para transformar essa área de marketing?

Não podemos ignorar a realidade aumentada - o formato que cresce mais rápido na web. Os consumidores de hoje esperam ver e usar realidade aumentada em ambientes móveis através de plataformas como Snapchat, Pokemon Go e muitos outros. O vídeo ao vivo e a realidade virtual são agora mais baratos e fáceis do que nunca para que publishers os produzam e os distribuam para os anunciantes. Além disso, essas tecnologias apresentam incríveis oportunidades para oferecer aos consumidores uma experiência - não apenas conteúdo.

A realidade virtual será usada muito mais para envolver “nativamente” certas audiências demográficas. No entanto, os anunciantes vão esperar uma melhor utilização dos dados para garantir que seus anúncios atinjam as pessoas certas. Os provedores de anúncios nativos com acesso a grandes bancos de dados poderão oferecer uma segmentação mais sofisticada para garantir que o anúncio não se encaixe apenas “ao redor” do usuário, mas que também ofereça o que eles querem no momento certo.

Vale lembrar neste ponto que o maior recurso na web móvel é a localização. A localização física é uma fonte de dados negligenciada sobre nossas experiências digitais diárias. Os dados podem ser registrados se você viu um anúncio de um restaurante e então indicarem que você entrou nele e comprou um sanduíche de frango em um local específico. Em breve, veremos o rastreamento da conversão do digital para o físico superar o rastreamento de conversão digital pura, o que transformará todo o cenário do anúncio móvel.

Qualquer que seja o formato, no entanto, o crescimento é, e sempre será, impulsionado pela criatividade e pela tecnologia. A criatividade traz relevância para o público, enquanto a tecnologia oferece escalabilidade. São as mudanças técnicas que permitem aos anunciantes e publishers segmentarem o público certo e tornarem os anúncios cada vez mais relevantes à medida que se tornam parte do “mainstream”.