Applift: “Os aplicativos são o lugar onde os negócios acontecem”
by News
on 23/08/2018 inA procura por serviços mobile no Brasil sofreu um boom há cinco anos, especialmente com a popularização de aplicativos de taxi, entrega de comida e serviços bancários. Mas foi nos últimos dois anos que os investimentos das marcas em desktop passaram a migrar de forma mais acentuada para o marketing de aplicativos. Em apenas um ano de operação local, o país é hoje o segundo mercado com maior taxa de crescimento e o terceiro mais importante das Américas para a alemã Applift.
Antes mesmo da abertura de escritório em São Paulo, a ad tech sediada em Berlim e especializada em publicidade em aplicativos já executava campanhas para clientes internacionais direcionadas para o público LATAM. No ano passado, a estruturação de uma hub para atender a região, a partir do Brasil, passou a integrar a lista dos 100 mercados onde a companhia atua, dentre eles países como Estados Unidos, Japão, China e Indonésia.
Ao considerar que as pessoas gastam 90% do tempo de navegação nos apps, fica fácil entender por que a publicidade em aplicativos é o segmento da publicidade móvel que mais cresce em todo o mundo. Somente no Brasil, a publicidade em aplicativos (in-app) movimenta mais de US$ 12 bilhões anualmente. Globalmente, alguns players já saíram na frente e aderiram rapidamente à publicidade in-app, como games e mídias sociais, atraídos pelas altas taxas de visibilidade, engajamento e conversão.
Os aplicativos são o lugar onde os negócios acontecem, realça Marcus Imaizumi, country manager e head da operação América Latina da Applift. “Os apps são as plataformas onde os clientes
fazem a transação, e não mais a plataforma utilizada somente para consultar e depois concluir a compra em outros ambientes”.
Com alcance à base instalada de dispositivos no país, a Applift está de olho nos grandes anunciantes tradicionais brasileiros, marcas que atuavam forte em desktop e, agora, investem incisivamente nos apps. Com isso, espera repetir um aumento de 100% no faturamento este ano, com expectativa e manter esse ritmo nos próximos três anos, impulsionado também por negócios na Argentina, México, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai.
“No passado, achávamos que os investimentos da região viriam das startups e que elas usariam muita tecnologia mobile para o crescimento dos negócios. De fato isso acontece, mas de uma maneira surpreendente o que vemos é que as empresas mais tradicionais é que estão apostando mais forte nos apps”, comentou o head da operação.
Mercado regional: indústrias tradicionais X games
Ao examinar a evolução do mercado in-app brasileiro, o executivo acredita que a demora do Brasil para alavancar esse tipo de publicidade deve-se não apenas à maturidade do mercado consumidor, que passou a realizar transações nessas plataformas, mas também do mercado anunciante, que demandou um tempo de aprendizado para lidar com essa nova tecnologia e suas métricas, bem como profissionais especializados.
É curioso observar que cerca de 80% do faturamento global de aplicativos vem da categoria Games, o que justifica o fato de metade dos clientes globais da Applift serem dessa indústria. Contudo, isso não acontece no Brasil por uma série de fatores.
Como explica Imaizumi, as indústrias mais tradicionais daqui é que estão mirando no mobile, investindo nas plataformas móveis e nos aplicativos, e demandando serviços de mobile marketing especializados. Dessa forma, varejo, serviços bancários, financeiras e operadoras de cartão representam a maior parte dos clientes da Applift no país.
Apesar de ser o décimo terceiro mercado consumidor de jogos, com expectativa de movimentar US$ 1,484 bilhão ao longo 2018, o Brasil ainda está atrás em comparação com Europa, Ásia e América do Norte, onde há uma grande presença de desenvolvedores e maior acesso à tecnologia de desenvolvimento de jogos. Mesmo ainda não representando o principal segmento de investimento de ad techs e mobile marketing, a indústria nacional de games já começa a virar esse jogo e avança rapidamente, especialmente na produção de jogos independentes, pontua Marcus Imaizumi.
Na América Latina, o carro-chefe da ad tech é a solução DataLift 360, uma plataforma que permite aos anunciantes trabalhar as três fases do ciclo de aquisição de um aplicativo: lançamento, crescimento e retenção. A última fase aqui é considerada parte do ciclo de aquisição - “a retenção é um ponto crucial, pois conseguir manter o usuário reflete permite que o cliente consiga alavancar os negócios”.
Fundamentada nos conceitos de big data e machine learning, a plataforma está conectada a inventários programáticos de grandes exchanges, como Google, Twitter, OpenX, a grandes networks (plataformas que se conectam a milhares de aplicativos) e possui integração direta com apps. A partir desse mix de inventários, consegue obter uma visão global para segmentar e direcionar campanhas de acordo com vários critérios, como localização.
Graças a essa inteligência, a Applift conseguiu ampliar a visibilidade de marca e aumentar a base de usuários ativos de uma plataforma brasileira de pagamentos móveis com intuito de maximizar o ROI dos esforços de aquisição de novos usuários e de converter usuários instalados e registrados em compras. Por meio de uma estratégia baseada em campanhas de aquisição de usuários e retargeting, somada ao poder de segmentação em diversas fontes de tráfego, em três meses o DataLift 360° possibilitou o aumento de 500% nas compras efetuadas no aplicativo do cliente.
Siga ExchangeWire