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DynAdmic inaugura operação em Miami; Segunda tela ganha destaque nas Olimpíadas 2016

No giro de notícias da semana: DynAdmic inicia operação em Miami para reforçar expansão na América Latina; pesquisa mostra que internautas utilizarão mais de uma tela para acompanhar Olimpíadas do Rio; conteúdo de publishers terão menos visibilidade no Facebook; uma análise sobre a eficácia da publicidade mobile por Alberto Pardo, CEO da Adsmovil;

A expansão da DynAdmic para a América Latina

A DynAdmic, private marketplace especializada em publicidade para vídeos online, anuncia operação em Miami, iniciada a partir de junho, para reforçar estratégia na América Latina. O novo escritório, o segundo nos Estados Unidos, atenderá clientes regionais, aumentando a participação da empresa em contratos globais negociados para os países latinos.

A nova operação será liderada por Lara Krumholz, gerente-geral da DynAdmic para América Latina, e pela recém-contratada gerente comercial Kara Bogard. “Com o escritório de Miami passamos a atender os clientes da região de forma mais estruturada para garantir a cobertura em países que apresentam grande potencial de investimento publicitário e consumo de vídeo online”, destaca Lara.

Atualmente, a América Latina é segunda região com o maior crescimento em gasto publicitário em todo o mundo, investimento que deve avançar 5,4% neste ano, segundo a Magna Global que aponta o vídeo online como um dos meios que mais crescem.

A partir da nova estrutura, a DynAdmic espera crescer 83% em 2016 na América Latina, incluindo a operação brasileira. De acordo com a adtech, esses investimentos têm como foco o México e Colômbia, que devem alcançar, respectivamente, 128% e 97% de crescimento ainda nesse ano. Além disso, a expansão contribui para a atuação da empresa em países já estruturados, como Brasil e México, além da entrada mais expressiva em novos mercados, como Argentina, Chile, Colômbia e Peru.

Olimpíadas 2016 serão multitela

Os usuários estarão ligados nos jogos pela TV e, ao mesmo tempo, acompanhando detalhes e realizando atividades pelos dispositivos móveis. Mesmo que a televisão seja o meio predominante escolhido pelos americanos para acompanhar as Olimpíadas que se iniciam em agosto, no Rio de Janeiro, os profissionais de marketing devem considerar o potencial das outras telas, principalmente quando se trata de atividades simultâneas.

É o que mostra a pesquisa realizada em maio pela Rubicon Project e Penn, Schoen & Berland Associates, que entrevistou 1.105 usuários americanos de internet que se declaram fãs de esportes e seguidores dos jogos olímpicos. A maioria (84%) afirmou que irá acompanhar a transmissão do evento ao vivo pela TV. As telas digitais, como o desktop e mobile aparecem em seguida, com 44% e 36%, respectivamente.

De acordo com o estudo, os participantes da pesquisa preferem checar a web para saber dos resultados e pontuações. Assim, os dispositivos digitais irão suportar atividades na segunda tela enquanto as pessoas assistem aos jogos olímpicos. A pesquisa indica que 51% dos respondentes disseram que irão nagevar na internet em uma segunda dela enquanto acompanham esportes, e 47% irão aproveitar o momento para checar seus emails. Já um terço dos entrevistados pretendem participar de atividades na segunda tela, como nagevar nas redes socais, checar notícias e conversar com amigos e familiares.

Outro estudo da RadiumOne indicou que os internautas do Reino Unido pretendem realizar atividades durante os jogos pela segunda tela, sendo que 59% apontaram o smartphone como dispositivo a ser utilizado simultaneamente à TV.

O eMarketer destaca que o acompanhamento de eventos ao vivo por mais de uma tela, simultaneamente, é uma das grandes tendências mundiais. Somente este ano, 85% dos internautas americanos utilizarão a internet (a maioria por meio de smartphones) enquanto assistem transmissões ao vivo pela TV.

Conteúdo de publishers terão menos visibilidade no Facebook

O Facebook anunciou que está planejando realizar mudanças em seu algoritmo do feed de notícias com intuito de privilegiar o conteúdo promovido por amigos e familiares dos usuários.

Tais alterações terão um impacto negativo para os publishser, uma vez que o conteúdo postado perderá destaque. A mudança será um golpe duro para os veículos que dependem do Facebook para impulsionar a maioria de seu tráfego e que nos últimos tempos focaram mais nos “likes” do Facebook Instant Articles do que no conteúdo de seus próprios sites. Por outro lado, a novidade pode ser interpretada positivamente pelos usuários, que estão incomodados com a quantidade de conteúdos irrelevantes que aparecem em seus feeds.

Para o The New York Times, essas mudanças no algoritmo apenas reforçam que os publishers têm uma posição inferior na lista de prioridades do Facebook, apesar de sua importância para o crescimento a longo prazo das empresas de mídia. As alterações entram em vigor já essa semana e devem afetar todos os tipos de conteúdo, o que levará publishers a sofrerem uma queda no alcance e tráfego referente, onde o conteúdo é publicado principalmente na página oficial do veículo na rede social. Caso esse conteúdo seja altamente compartilhado e comentado por usuários individuais, esse impacto deve ser menor.

Mobile: do empirismo aos dados

Os smartphones estão nas mãos das pessoas seja enquanto caminham pelas ruas, no local de trabalho, em casa e até mesmo no carro ao dirigir. Em artigo sobre mobilidade, Alberto Pardo, CEO da Adsmovil, trouxe uma discussão sobre a efetividade da publicidade mobile e o desempenho em comparação à outras mídias. Assim, o executivo trouxe à tona o estudo SMoX.me (Smart Mobile Cross Marketing Effectiveness) da MMA (Mobile Marketing Association) que analisou dados da performance de campanhas reais de marcas como Coca-Cola, MasterCard, AT&T, Walmart e Unilever.

Segundo ele, pela primeira vez, o valor da publicidade mobile foi mensurado de forma clara, evidenciando o seu papel como gerador de vendas, bem como a relação do retorno versus investimento ser mais favorável do que em relação à outras mídias.  Há ainda insights valiosos para guiar os gerentes de marcas sobre como otimizar o budget com a alocação ideal de cada mídia dentro do mix publicitário.

“A conclusão que merece ser dita aos quatro ventos é de que a mídia mobile é duas vezes mais eficiente do que os outros meios na análise do funil de vendas. Desta forma coloca-se um ponto final na hipótese de que mobile não seria capaz gerar retorno financeiro para as marcas”, afirmou Pardo.

De acordo com o SMoX, a média de alocação dos investimentos em mobile dentro do mix é de 3 a 5%. O valor apontado como ideal para se obter os melhores números possíveis seria entre 12 a 20%. Este incremento impactaria em uma melhora de awareness (18%), imagem (17%) e vendas (14%).