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Inteligência artificial e publicidade: a mensuração do futuro

A AI está avançando lentamente em todos os aspectos de nossas vidas - os varejistas estão introduzindo chatbots, as ações na bolsa são negociadas algoritmicamente e os carros sem motorista estão nos estágios finais de teste. Já vimos operações programáticas mudar a indústria de publicidade completamente nos últimos anos. O próximo grande salto na tecnologia, tornará cada mensagem de branding interativa e personalizada, com marcas menos dependentes da interação com grandes públicos, mas, em vez disso, conversando individualmente conosco. É o que prevê Emi Gal, CEO da Teads Studio, em artigo escrito em inglês exclusivamente para o ExchangeWire UK.

Como o anúncio do futuro se parece?

A Inteligência Artificial (AI, da sigla em inglês) está sendo usada para segmentar indivíduos específicos com anúncios únicos e personalizados, com base em seus interesses e perfis de audiência. Esses grandes avanços foram possíveis graças aos desenvolvimentos em deep learning, que utiliza algoritmos para simular as redes neurais do cérebro humano. O deep learning permite aos computadores processar uma enorme quantidade de dados de forma extremamente rápida e, por meio desses dados, criar anúncios adaptados aos consumidores individuais.

A inteligência artificial está criando anúncios “automontáveis”. A melhor maneira de descrevê-los é compará-los a blocos de construção. Os anunciantes do futuro terão todos os recursos de branding para uma campanha: logos, imagens, texto, vídeo, guia de cores, idioma, além de todos os dados de outras campanhas, prontos para serem ativados, a qualquer momento.

Utilizando esses diversos elementos, a AI montará perfeitamente a abordagem criativa certa para a pessoa certa, no momento certo e em tempo real, com base nos dados e no perfil comportamental do consumidor individual. No final, uma marca não terá apenas uma versão de um anúncio em vídeo, ou mesmo duas ou três. Em vez disso, terá uma versão única do anúncio para cada consumidor.

Emi Gal, CEO da Teads Studio

Por exemplo, um fabricante de automóveis poderá usar a riqueza dos dados do cliente que, juntamente com a AI, encaminham consumidores individuais, por meio de um anúncio personalizado, a um carro que se adequa aos seus gostos exatos. Pode até mesmo ser capaz de usar esses dados para prever quais modelos similares adequam-se aos gostos de um cliente no futuro.

Preparando-se para AI: organize seus dados

Se as tendências atuais continuarem, prevê-se que, até 2025, a Inteligência Artificial esteja a par com os seres humanos em termos de poder de computação. Então, como as marcas devem se preparar para essa nova maneira de trabalhar?

A AI é capaz de reunir e processar enormes quantidades de dados, mas, assim como um humano precisa de alimentos para sobreviver, o computador precisa ser alimentado com dados para performar. Portanto, é essencial que as marcas desenvolvam estratégias de dados e invistam em plataformas de gerenciamento de dados (DMPs) para lidar com as montanhas de dados importantes que a AI exige.

Isso pode vir de três fontes:

- Dados de terceiros: acumulados em toda a web por grandes empresas “fontes de dados”

- Dados de ad-networks: coletados por publishers de conteúdo para criar histórias para os visitantes do site

- Dados de terceiros: recolhidos pelos próprios anunciantes, como e-mails, números de telefone, histórico de compras, etc.

Para estar o mais preparado possível, é vital que as marcas tenham seus dados armazenados da maneira mais eficiente. Uma vez armazenados corretamente, a DMP pode então criar um perfil de 360º de cada cliente com base em seus atributos e interesses exclusivos. Essa informação pode, por sua vez, ser usada para criar anúncios personalizados e interativos.

Quanto mais dados do cliente são alimentados no algoritmo de inteligência artificial, mais a inteligência artificial sabe, e mais o computador consegue personalizar e segmentar um anúncio da maneira mais imersiva.

Mensuração do futuro: morte do CTR e nascimento do anúncio do futuro

Ao passo que usar a AI para construir anúncios personalizados é uma nova maneira de se fazer as coisas, faz sentido ter uma nova maneira de medir seu sucesso. Anteriormente, o sucesso do anúncio foi medido através de taxas de cliques (CTRs), bem como impressões e taxas de conclusão, mas isso não é mais adequado para o propósito.

Isso porque os anúncios do futuro não precisarão que as pessoas acabem no site da marca para concluir uma transação.

Em vez disso, veremos chatbots interativos incorporados em anúncios de vídeos personalizados. O chatbot aparecerá no vídeo fazendo perguntas para identificar os gostos e os requisitos individuais do usuário. O chatbot levará o consumidor diretamente para comprar. Trabalhando juntos, esse combo de vídeo/chatbot cobrirá a jornada do cliente desde o momento em que ele vê um produto, até a compra e o pagamento.

À medida que a AI muda a forma como anunciamos, também mudará a forma como medimos o sucesso dos anúncios. As métricas principais serão a taxa de engajamento e o tempo real em que um consumidor passa vendo um anúncio.

Com todas essas inovações tornando-se rapidamente comuns no setor publicitário, a AI não é mais ficção científica - anúncios totalmente personalizados estão rapidamente se tornando uma realidade. O dia em que a inteligência artificial for capaz de atender você, o anúncio do carro dos seus sonhos estará aqui muito mais cedo do que você imagina.